Movimento que marcou a arquitetura, permanece vivo após um século como uma forte influência a boa parte do que é desenvolvido na arquitetura e no design atual.
A Bauhaus foi um dos primeiros movimentos modernistas do início do século XX. Teve como princípio, unir as disciplinas de arte da época – escultura, pintura e artesanato, à arquitetura. Consideravam essa amarração essencial para criar um grande edifício, elevando-o ao nível de uma completa obra de arte. Defendiam também, que assim como um artesão conhece a sua matéria prima, um arquiteto deveria conhecer e compreender a estrutura da construção e seus materiais. Unir arte às novas tecnologias se torna o elemento principal e diferencial para o desenvolvimento de um bom projeto.
Buscando um design acessível a todos, valorizava uma estética ligada à funcionalidade, assim como, a elevação de elementos triviais à esfera da arte, com objetivo de trazer beleza ao dia a dia. Consideravam que a estrutura deveria ser bela e ornamentos eram um desperdício de meios e materiais, uma forma de mascarar problemas mal resolvidos. Se não há função, não há sentido de existir. Sendo assim, a boa proporção das formas, escala, ritmo, luz, sombra, cor e materiais se tornam elementos essenciais para uma estética agradável.
Com o fundamento: “a forma segue a função”, análises do meio ambiente e da função proposta ao edifício eram ponto de partida para criação de um projeto arquitetônico e definiriam as suas formas. Resultando em volumes puros e linhas simplificadas. Seu legado para nossa arquitetura atual é de ambientes integrados, com menos paredes internas, amplas janelas, fachadas de vidro e coberturas planas, formando terraços ao invés de telhados.
HISTÓRIA
Antes de se tornar um manifesto à nova arquitetura, a Bauhaus foi criada como uma escola de artes, fundada em 1919 pelo arquiteto Walter Gropius, na cidade de Weimar na Alemanha. Sua premissa era de esquecer o que se sabe como regra para alcançar um novo design, autêntico e individual. Defendendo que um real crescimento educacional começa com descobertas, experimentos.
Florescendo em um contexto pós-guerra, acreditavam no minimalismo e numa valorização ao que é essencial. Viver com qualidade, funcionalidade, harmonia e admiração às coisas do cotidiano.
Finalizados precocemente devido aos infelizes acontecimentos do século passado, das guerras e regimes opressores, deixaram seu legado para uma nova geração de arquitetos modernistas que nos influencia até os dias de hoje.
PORQUE A BAUHAUS ME INSPIRA
No meu trabalho busco inspiração em tudo que vejo ao meu redor que seja estético, harmônico, que encha os olhos e preencha nosso interior. Que traga uma sensação boa e nos dê vontade de permanecer vivendo o momento, apreciando o que vemos, no local onde estamos.
Referências na natureza e em todas as esferas da arte aguçam a minha visão como arquiteta. Estar em constante investigação por conceitos e conhecimento técnico, assim como incorporar temas complementares, artes plásticas, fotografia, design a minha rotina, é essencial para a minha arquitetura.
Os meus projetos priorizam a funcionalidade, onde cada elemento tem uma razão de existir. Eliminando o que é supérfluo, a boa estética está na proporção das formas, na harmonia entre os componentes, no jogo de luz e sombra e na valorização dos materiais.
